terça-feira, 4 de novembro de 2014

Como Fugir Dos Problemas?

Caralho, o mundo é feito de interrogações. Desculpem-me começar um texto com “palavrinhas”, sei que não causa uma boa impressão (Dependendo, claro, de quem estiver lendo), mas essas drogas que desde pequenos somos ensinados que é feio falar, na maioria das vezes serve pra desanuviar os nossos gritos internos. Qual o ser humano que em um momento x da vida não falou o tão famoso “palavrão”? Pode me apresentar esse ser, quero dizer a ele: - Cara, você é foda!  
Depois do meu breve desabafo sobre palavreados, retomemos ao objetivo deste texto. Estou escrevendo-o por dois motivos: 1- Uma daquelas frases de impacto que costumam nos por pra pensar e que pessoas com mentes férteis voam longe ao lê-las; 2- Uma afirmação que me fez refletir sobre quem sou.
“Nós criamos boa parte de nossos problemas”, essa frase veio em um daqueles momentos em que um conjuntinho de palavras parecem dar um tiro certeiro dentro de nós. No meu caso, ela caiu com o efeito de uma bomba de gás, aquelas que trazem uma sensação sufocante e agonizante.
A afirmação dizia: “Júlia nunca ia fugir dos problemas assim”. E agora com esses dois motivos explícitos, me pego com duas palavras que nunca concordei que sejam empregadas em uma mesma frase, FUGIR e PROBLEMAS não são coisas que combinem entre si.
Sempre gostei de olhar as coisas de frente sem muitas voltas ou rodeios, tenho para mim aquela coisa do “Se for pra ser, que seja. Se não for, que suma.”, porém, sumir nem sempre é fácil, muito menos ser e o fugir parece ser bem mais cômodo.  
E, diante de tudo o que vivo no momento, dou uma volta para o início e digo: -O mundo é feito de interrogações! E eu, em algumas situações como esta, continuo as usando junto de muitos gritos com “palavrinhas” e sem nunca por um ponto final
?

Sobre o título do texto, se um dia você souber responder corre pra me contar. 
Fugir das coisas é apenas adiá-las por um tempo indeterminado.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Manual de 3% Sobre ELA

Rapaz: se vai entrar nessa eu preciso te contar - leia até o fim e, por favor, acredite em mim!
Se você vai mergulhar dentro dela, prenda a respiração e entre na água por inteiro. Não entre se não souber nadar. O mar dela é muito grande e, na maioria das vezes, suas águas são extremamente agitadas. Porém, mesmo estando sempre na maré cheia, ele tem seus picos de calmaria e quando assim estiver calmo e sereno, não tente agitá-lo! Você pode não saber como controlá-lo.
Quem a vê passando por aí não sabe, não desconfia, mas ela é um vulcão de sentimentos prontos para entrar em erupção. Só que diferente de algumas outras, ela implode ao invés de explodir e todas essas larvas de sentimentos queimam, unicamente, dentro dela.
Entenda que ela está acostumada a ser só ela e ela mesma (e na maioria dos dias é ela e seus livros). Ela e suas xícaras cheias de café, ela e suas histórias, ela e suas estórias e por fim o ciclo volta a ela. Por isso, se você vai entrar... esteja disposto a enfrentar ela todos os dias.
Olha bem no fundo dos olhos dela. Eles são ressacados! Eles sofrem por quem não ficou. E no silêncio dela, eles são as únicas coisas que irão te falar muito.
Observe os detalhes. Mesmo sem palavras, a todo segundo, ela irá te dizer o que ela quer. Ela é o seu próprio mapa e só ela pode querer mostra-lo a ti.
Nunca cometa o erro de compará-la a alguém. Aprenda: existem pessoas normais, pessoas únicas e existe ELA.
E por fim, o que tenho a te falar é: não perca essa chance! Ela é daquelas que te rende duas xícaras de café pela manhã, duas taças de vinho à noite e nesse meio termo ela também te dará um mundo inteiro de histórias, de aventuras... Ela te dará vida!
E se me perguntares como eu consegui ter esse manual sobre ela, te respondo com água esborrando pelos olhos: eu já a tive apenas para mim! Mas, como péssimo nadador que sou, perdi o rumo das correntes que me levavam a ela. E, um dia, fui eu quem teve que partir.
E, se você leu até o final como te pedi: hoje, você sabe três por cento sobre ela!




domingo, 12 de outubro de 2014

Dias Pálidos

Dia de cores escuras, algo viajando entre o preto e o branco e finalmente pousando no cinza. Dias em que a vida parece ter um peso incomum e que nada tende a se resolver ou a dar certo. Todas as escolhas erradas parecem vir à tona, em um emaranhado de solidão e medo.

E eu, entro em meu esconderijo de cobertas tentando dar cor e sabor a essa vida desbotada! 

domingo, 28 de setembro de 2014

Entre a Vida e o Cinema

A noite chegou às luzes apagaram, mas antes que o filme comece precisa que se tenham trailers do que virá pela frente. Quais foram os trailers para sua vida hoje?
A pergunta principal será: - Quando o filme irá começar?
Estamos no cinema da vida, as luzes ainda estão acesas e as pessoas ainda procuram seus lugares na plateia.
-Onde você quer sentar?
A escolha das cadeiras é uma parte importante para o filme. E aí, onde sentarás?
Vamos lá esse é seu trailer e ele está pronto para rodar, os holofotes te rodeiam e você precisa convencer a plateia de que seu filme será bom. Afinal, de que outra forma seria divulgada sua história?
-Falando em história, sobre o que irá contar a sua?
Não esqueça esse seu filme é real, você terá apenas uma chance de conquistar audiência, pois para que haja uma estreia não serão permitidos ensaios. Então esses ensaios podem ser feitos em sua mente.
-Qual o gênero da sua história? 
Que tal fazer uma mistura e viajar desde os medos dos contos de terror, ao som adorável de um romance acontecido em Veneza?
Roteiro decidido, trailer apresentado e uma pausa entre outras histórias. A partir de agora as dúvidas sobre o daqui a pouco surgirão. Escolha alguém que segure tua mão enquanto o medo te assombrar e não ouse soltar a mão dela, se essa for à intenção, esqueça o som das águas de Veneza e então opte por um final em uma roda de casino em Las Vegas, assim tudo ficará mais divertido e inseguro e não apenas as luzes dos holofotes estarão te iluminando.
Enfim, um fim onde suas escolhas decidiram entre aplausos ou rostos cansados por uma insatisfação que também é sua.

Rascunhos

Você procura palavras para escrever, mas não entende o significado daquela página que está em branco.
Você procura a luz no fim do túnel
E não repara nos vagalumes, que passam todos os dias na sua porta, para te desejar uma boa noite.

E escreve a lápis

E faz rascunhos intermináveis
E acha tudo aquilo um lixo,
Um lixo que cresce e vai se tornado um emaranhado particular,
Cheio de mais, de talvez, de como seria se…
E as reticências vão surgindo sempre
Quando na verdade todos rascunhos, reticências, lixos e todos esses mais, e mais, e mais.
São apenas repetições de você.
Você é aquele papel em branco
Mas, quando terá coragem de se escrever definitivamente a caneta?

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Adeus Amor!

É, eu pensei que seria fácil, eu disse para mim mesma por muitas e muitas vezes que não olharia mais para trás.
Pois é de novo estou aqui com fotos que me mostram uma felicidade, onde me pergunto por várias vezes se algum dia já foi pertencente a mim realmente, com aquele lindo guardanapo contendo um velho e hipócrita “EU TE AMO” rabiscado com a caneta do garçom e páginas escritas com versos e versos de sentimentalidade em que por sua vez já não entendo o que essa multidão de palavras e recordações quisera dizer-me um dia.
Sinto por isso, mas hoje posso afirmar com perfeita convicção que tudo está deixando de ser parte de mim para virar parte de minha lembrança, uma lembrança que não ando tendo a mínima vontade de tirá-la do passado. Sabe, é como aquele lindo troféu que ao ganharmos temos o prazer de vê-lo estampado em nossa estante, mas dias depois apenas o vemos como mais um objeto sem valor, e quando isso acontece concluímos que aquela conquista não era tão importante assim, então ela se torna diferente, daquelas que fazemos questão de nos lembrar durante toda a vida. Pois é, realmente por dias atrás pensei que você iria fazer parte desta minha coleção de troféus de valor. Atualmente, vejo que tudo que havia imaginado a outrora está sumindo se desfazendo como areia escorrendo pelos dedos e por diferentes motivos não sinto vontade de fechar as mãos para segurá-la. E então percebo que chegou a hora de dizer: ADEUS AMOR!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Partidas


E, de repente, tudo muda... Você olha as malas espalhadas pela sala e é obrigada a dar adeus para uma vida que talvez desse certo, se em um momento x tudo não tivesse sido feito errado. A vida tem dessas coisas, porém, olhando a bagunça das malas espalhadas no chão da sala eu queria que minha existência fosse igual a elas e que depois que tudo fosse devidamente colocado no guarda-roupa a organização fosse tão verdadeira quanto. Mas, a vida não são roupas, acessórios e perfumes baratos. É algo bem além disso. Nela, quando tudo está certo é porque nada está certo. Inclusive as malas que me dizem mais uma vez: É hora de partir!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Sobre a necessidade de gostar de alguém

Durante uma conversa, com uma amiga doidinha, surgiu uma pergunta que me corroeu o juízo: “Você não gosta de ninguém?”. O gostar ao qual ela se referia era sobre eu não estar apaixonada por alguém, há muito tempo, para ser mais explicita. Ela não entendia o fato de que o meu desinteresse em relacionamentos surgisse tão rápido quanto meus interesses, na verdade a pergunta que ela queria fazer, era: “Puta merda, como você consegue está a tanto tempo sozinha?”.
Ao questioná-la sobre o motivo daquela pergunta, tive como resposta um vago: “Não sei, talvez seja porque todo mundo gosta de alguém!”. Como as interrogações das conversas tem um poder exageradamente sério sobre a minha pessoa, agora me ponho a escrever e a criar novas interrogações.
Acho absolutamente incrível as críticas da sociedade diante de uma mulher “sozinha”. O mundo lhe impõe que para estar bem, você tem que está com a ficha de relacionamento sério preenchida nas redes sociais. E quando falo “o mundo” me refiro ao geral, pois, as críticas e dúvidas começam dentro de casa quando sua mãe começa a lhe perguntar: “Minha filha, você é uma menina tão bonita, porque está a tanto tempo sozinha? Conta pra mamãe, você está gostando de alguém?”. Aí, o tempo passa um pouco mais e as perguntas mudam: “Minha filha, vamos conversar! Você está gostando de alguém do mesmo sexo que o seu e tem vergonha de assumir? Por que você disse não aquele rapaz que te pediu em namoro? E, por que ninguém é bom para você?”.
E, como se não basta-se o olhar torto da sua família diante do seu “status mal resolvido”, você ainda tem que aguentar piadas de colegas que trocam de namorado como quem troca uma blusa ou um sapato. Os cochichos soam como: “Até a viúva feia e velha do 302 tem uma relacionamento sério e você. Tá ai. SOZINHA!”
Pois é, a vida não é fácil pra quem é sozinho, principalmente se você for mulher, desculpem-me as feministas de plantão. Não estou sendo machista, apenas estou relatando uma realidade social. Hoje em dia você vive em uma sociedade de aparências. Onde, nem se você tiver dinheiro, namorado e carro do ano estará livre de críticas e olhares maldosos. As pessoas vivem de uma eterna necessidade de provar ao outro que estão bem e que vivem “felizes”. Talvez seja por isso que o número de divórcios e casamentos de fachada tenham aumentado, e os relacionamentos que tem um excesso de amor a mostrar ao mundo acabam em uma semana. Todos estamos tão cheios de pouco de nós que muitas vezes deixamos de fazer e viver o que realmente queremos para “esfregar na cara do outro” uma felicidade infeliz.
Estou sozinha por opção! Garanto que se você disser isso para alguém, estará garantida a gargalhada do lado oposto. A verdade, é que estou sozinha porque até agora não encontrei a pessoa certa com quem eu queira passar uma tarde inteira falando besteiras e para o qual eu tenha confiança o bastante para entregar meus sorrisos e lágrimas mais sinceras. Estou sozinha porque ao invés de está preocupada sobre o que falam sobre o meu suposto estado de carência, eu dou risada das perguntas e chacotas idiotas. Se me perguntares se acredito em contos de fadas e em relacionamentos perfeitos, minha resposta será: Não! O que acredito é que existem pessoas que fazem valer a pena suas diferenças e não criam disso um problema, tornando assim tudo mais leve e gostoso de ser vivido. Enquanto não encontro essa pessoa, sigo dando risadas e assistindo o quanto o ser humano conseguiu tornar-se dependente da opinião do outro.




quinta-feira, 17 de julho de 2014

Livro 1, Parte 0!

- Pode ser perigoso despertar as pessoas dos seus sonhos!
Uma voz ecoou essa frase, enquanto eu estava em um transe entre o sono e o despertar. Levantei bruscamente em um impulso assustador e a frase continuava a repetir durante o tempo que eu tentava organizar os pensamentos e realmente acordar. Acordar nesse mundo, que não é o pais das maravilhas, mas, vive nos “cortando as cabeças” e nos deixando vivos.
O dia então iniciou-se confuso e com um gosto adstringente. Ao levantar ouvi um silêncio que chegava ser provocador, eram oito da manhã e todos haviam tomado a direção rotineira de suas vidas, já eu, no entanto, não conseguia sequer organizar meus pensamentos, a única coisa que eu tinha certeza era que eu tinha muita coisa pra fazer naquele dia. Assim como em todos os outros!
Caminhei pela casa tentando chegar a cozinha e aos analgésicos, em cada passo o silêncio parecia gritar descontroladamente em minha cabeça, ao encontrar os remédios me senti como se tivesse encontrado um tesouro mágico. Tomei um comprimido e retornei a cama. Dormi um pouco, o suficiente para que o silêncio voltasse a ser calmo.
Ao acordar, mais uma vez, olhei para o relógio e percebi que tinha dormido muito, segundo ele já eram cinco horas da tarde. O sol estava incidindo em meus olhos e eu não conseguia abri-los totalmente, apenas achava estranho aquele relógio de parede naquela posição pois, nunca fui muito fã de relógios de parede. Forcei um pouco a vista quando algo me assustou, eu estava em uma cama de hospital e ao meu lado apenas um criado-mudo branco e em cima dele um buquê de flores vermelhas em um vaso parecido com o de minha mãe com vários cartões ao seu redor, ainda meio tonta consegui ler uma das mensagens escrita em um cartão que estava apoiado no vaso, a letra era da minha melhor amiga com um recardo meio tremulo “Aguardarei o seu tempo, seja ele qual for! O mundo ainda é nosso até que provem o contrário! Ass.: Maria Alice”.
Vendo aquilo eu quis gritar para que alguém corresse e me disse o que estava acontecendo.
– Porque meu corpo não é meu e meus braços estão tão finos?
Quando algum som iria tentar sair de minha boca, o bipe de um aparelho soou mais alto e então ouvi o som da porta abrir e em questões de segundos um grito eufórico rodeado por lágrimas saia na voz de Mamãe: - Eu sabia que você voltaria pra mim, nunca duvidei disso meu amor! Meu lindo bebê. Você voltou!

...

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Entre amor e ciclos

Passei boa parte do meu dia a pensar como seria se minha prima de sete anos soubesse que algum dia alguém irá partir seu coração, irá fazer com que todos os seus órgãos pareçam virar farelo, aquela dor vai cair sobre o rosto em forma de lágrima, e por incrível que pareça isso a deixará mais forte. Isso aconteceu comigo, talvez já tenha acontecido com você e vai acontecer com toda certeza com a maioria de nós, afinal é da natureza humana amar e é da natureza do amor machucar. Quando falo isso não estou apenas me referindo ao amor de um homem e de uma mulher, estou falando do amor em si, ele é falho, nos faz chorar, nos faz amar, nos faz crescer e no fim é a maior arma para que consigamos viver.
Quando eu tinha cerca de sete anos (a idade de minha prima) a professora ministrou uma aula memorável, ela intitulou o assunto de: Ciclos da vida. Nesta aula ela falava que a vida tem três ciclos: nascer, crescer e segundo ela “finalmente” falecer. Aquele “finalmente” me rodeou a cabeça por horas, eu me perguntava se ela queria morrer e se sim, qual seria o motivo do desejo de morte. Bom, aquela minha pergunta continuou sem resposta por duas semanas, até que eu descobri que há três semanas antes, daquela aula, minha professora havia perdido seu marido em um acidente de carro e ao saber deste fato entendi a tristeza presente nos olhos e naquele “finalmente” soado com tanta dor.
Hoje, onze anos depois, vejo minha prima estudando os ciclos da vida e sinto em discordar da ciência. Pois, ela esquece de ensinar sobre um dos principais ciclos: o do amor. Mas, como explicar o fator que é a causa de nossas incertezas, dores, alegrias e etc?


Como Fernando Pessoa dizia: “Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.” E assim como nascer crescer e morrer o amor engloba diversas fases, mas, diferente das outras três ele não faz viver, ele nos dá vida, e talvez por isso e só por isso ele não seja um dos ciclos da ciência.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

“Um dia você vai descobrir o amor da sua vida!”

Vi essa frase estampada em um carrinho de supermercado durante a semana do dia dos namorados. No começo aquilo me fez indagar várias coisas. Afinal, como alguém poderia ganhar dinheiro com aquilo? Era mês dos namorados então, supõe-se que as pessoas que estão comprando algo já tenham o tal “amor da vida”.
Fui para casa pensando na frase e não soube o porquê dela ter me atingido daquela forma. Na época eu estava com alguém que achava gostar, mas isso não era suficiente, ou talvez fosse. No dia seguinte fui pedida em namoro e ao olhar nos olhos dele, me veio à cabeça: “Um dia você vai descobrir o amor da sua vida!” E minha resposta fluiu com um simples: - Não! E então fui para casa me sentindo extremamente livre.
Hoje, alguns anos, depois estive lembrando da frase. Desta vez, por conta de um filme que encontrei na internet no meio da noite. Não precisei assisti-lo todo para que a frase me fosse remetida ao pensamento, pelo simples fato da certeza da protagonista quanto aos seus sentimentos pelo seu amado no dia em que se conheceram. O filme relatava uma das melhores estórias que eu já havia visto, e como todas elas essa teve seu fim, e agora me ponho a escrever.
Sabe! Quando toda aquela estória acabou eu pude entender um pouco do sentido da frase. Aprendi que o verdadeiro amor só acontecerá quando você parar de procurar o ser perfeito e entender que o imperfeito, esse sim talvez seja o tal da coisa toda do “final feliz”. O amor só vai acontecer quando você parar de querer que ele aconteça, quando simplesmente abrir o seu mundo. É, abrir o seu mundo! Para o menino (a) que achas super esquisito, mas que nunca se deu a oportunidade de conhecê-lo. Não estou dizendo com isso que ele é o amor da sua vida, longe de mim dizer isso. Estou dizendo que o verdadeiro amor acontecerá quando você se dispuser à aceitá-lo como ele realmente é, e não como você sempre idealizou que fosse.

Em todos os verdadeiros amores que já pude presenciar, haviam mais diferenças do que igualdades, mas também,  mais felicidade do que tristeza. Sabe, quando encontrares esse tal de “amor” irás até gostar daquele clichê que diz : ”Um dia alguém entrará em sua vida e te fará entender por que nunca deu certo com ninguém antes”. E até quem lhe vê lendo jornal na fila do pão, saberá que o encontrou!

 

-Algo sobre alguém que conhecia sobre o amor mas, nunca abriu a porta para ele realmente entrar.




sábado, 17 de maio de 2014

A culpa é do sonho

Hoje eu acordei ofegante. Foi um sonho, foi real e como tudo na vida fica para trás ele também ficou.
Naquela manhã do dia vinte e três de maio de alguns anos atrás, o meu dia começava diferente, despertei sentindo-me mais confiante e extremamente apaixonada por mim mesma, essa seria uma das melhores sensações que eu já senti ao longo dos meus passos tortuosos.
Liguei o rádio em minha melhor música e ouvi o som da chaleira apitando na cozinha, era minha mãe tentando anunciar que o café estava quase pronto. Ela sempre deixava a chaleira “gritar” um pouco com a intensão de acordar a todos em casa, só pra espantar a impressão de solidão que ela sentia em manhãs ensolaradas e chuvosas. Vesti aquele vestido de bolinhas brancas que eu nunca gostei muito, porém, naquele dia ele me parecia o melhor look e então saí do quarto. Fui logo ouvindo mainha falar o quanto eu estava bonita, arrancando-me um sorriso encabulado, ela disse: -Você está tão iluminada quanto o sol desta manhã!
Mas, como mencionei acima, toda a trajetória de felicidade em que segui durante aquele dia foi guiada por você. Você, que dançou comigo na chuva e me fez sentir única, como se todo resto ao redor não fosse muito significativo. Você, que me fez não ter mais medo de abrir os olhos no meio da noite e encarar a escuridão do meu quarto. Você, que mesmo percebendo meu medo por estar contigo ainda me fazia tão segura.
Hoje, manhã de dezessete de maio de um ano qualquer, acordei triste e “sem querer querendo” recordei daquele sonho e acabei sorrindo. Agora, me ponho a escrever para você que eu nem conheço e mesmo assim me traz uma lembrança única, que até nos dias mais tristes faz-me sorrir.


-Escrevo pra você, que só me aparece em sonho e mesmo assim nem se quer me deixa te olhar nos olhos!

Júlia Santos

sábado, 5 de abril de 2014

A verdade sobre ela



Ela sorria e ao observá-la, perguntava-me: - Como alguém podia ter um sorriso tão belo e radiante em plena manhã?
Poucos sabiam, mas anoite o frio se fazia grande dentro daquela menina. Tentando ela, por vezes, sorrir ao travesseiro e esconder dele suas lágrimas, porém, por alguns motivos, elas continuavam caindo e escorrendo a dor e o peso de sua vida. De uma vida que lhe parecia grande demais, a ponto de tentar fazê-la parecer uma formiga avistando o sapato que irá esmagá-la.
E ali, em meio ao seu pranto ela era ela. Ela sozinha. Ela com seus mil e um problemas. Ela com suas indagações que no meio de tantas interrogações a fazia se perder, ainda mais. Ela e sua janela aberta, para suas conversas intermináveis com as estrelas, em busca de resposta ou de um milagre, quem sabe? E então, enfim, era ela a dormir.
O dia amanhece e ela vai enfrentar a vida longe do seu mundo. Eu estou ali, parado, imóvel, esperando para a hora em que ela irá sair do quarto, e então, antes de abrir a porta seu sorriso se projeta no espelho em frente à cama. É o mais belo de todos os sorrisos, parece um ensaio de como ela vai demonstrá-lo ao mundo lá fora.
Hoje após tanto tempo observando-a, eu pude entender! Pessoas tristes possuem o sorriso mais bonito, delicado e radiante. Pois, o mundo ao seu redor, que não é seu, não teria guarda-chuva ou proteção suficiente para os seus temporais.
- E eu, como seu travesseiro e fiel amigo que sou. Aguardo-te ao anoitecer para me fazeres rio ou para que sorrias, mas, por favor, se for para sorrir que seja por uma alegria real. Afinal, um dia a vida tem que te fazer feliz. Não achas? 

Júlia Santos