Caralho, o mundo é feito de
interrogações. Desculpem-me começar um texto com “palavrinhas”, sei que não
causa uma boa impressão (Dependendo, claro, de quem estiver lendo), mas essas
drogas que desde pequenos somos ensinados que é feio falar, na maioria das
vezes serve pra desanuviar os nossos gritos internos. Qual o ser humano que em um
momento x da vida não falou o tão famoso “palavrão”? Pode me apresentar esse
ser, quero dizer a ele: - Cara, você é foda!
Depois do meu breve desabafo
sobre palavreados, retomemos ao objetivo deste texto. Estou escrevendo-o por
dois motivos: 1- Uma daquelas frases de impacto que costumam nos por pra pensar
e que pessoas com mentes férteis voam longe ao lê-las; 2- Uma afirmação que me
fez refletir sobre quem sou.
“Nós criamos boa parte de
nossos problemas”, essa frase veio em um daqueles momentos em que um
conjuntinho de palavras parecem dar um tiro certeiro dentro de nós. No meu
caso, ela caiu com o efeito de uma bomba de gás, aquelas que trazem uma
sensação sufocante e agonizante.
A afirmação dizia: “Júlia
nunca ia fugir dos problemas assim”. E agora com esses dois motivos explícitos,
me pego com duas palavras que nunca concordei que sejam empregadas em uma mesma
frase, FUGIR e PROBLEMAS não são coisas que combinem entre si.
Sempre gostei de olhar as
coisas de frente sem muitas voltas ou rodeios, tenho para mim aquela coisa do
“Se for pra ser, que seja. Se não for, que suma.”, porém, sumir nem sempre é
fácil, muito menos ser e o fugir parece ser bem mais cômodo.
E, diante de tudo o que vivo
no momento, dou uma volta para o início e digo: -O mundo é feito de
interrogações! E eu, em algumas situações como esta, continuo as usando junto de
muitos gritos com “palavrinhas” e sem nunca por um ponto final
?
Sobre o título do texto, se
um dia você souber responder corre pra me contar.
Fugir das coisas é apenas adiá-las por um tempo indeterminado.
Fugir das coisas é apenas adiá-las por um tempo indeterminado.