terça-feira, 8 de setembro de 2015



Atrás

Costumo ter medo de fins. Querendo ou não, eles sempre vão ter um tom de que "algo está sendo deixado para trás". É como esse ponto que acabei de por nessas linhas que não são tortas e que também não sei se são certas, mas foi um ponto que acabou com algo e iniciou outro algo. Porém, sempre posso voltar a ler as linhas acima.

quinta-feira, 21 de maio de 2015


Você sempre vai e reaparece quando quer

Eu sempre fico, faço cena, crio atrito

E sinto por dois, o que seria de cada um


Enquanto eu vou amando

Você segue indo e voltando, 

Tentando que seja melaço 

O que já virou rum


Você entra na contramão

Eu sou placa de atenção

Ou, simplesmente, tua ilusão 

A ilusão daquele sentimento abstrato


O teu amor é pra de vez em quando

Vez ou outra, emoção vagando 

Pensar em sempre é engano


O meu amor é engano

É desvaneio de outono

Miragem de água no deserto


O nosso amor é poesia de fim de tarde

É fim de semana, feriado atrasado

É crediário vencido, afeto pré-datado 

Nosso amor não é nosso


Ah, meu bem!

Teu amor é meu maior

E mais feliz engano!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sentir

Estou triste e aparentemente é sem motivo. De repente veio uma angustia um pigarro louco na garganta e eu quis exageradamente chorar e transbordar tudo aquilo que havia em mim. Tentei chorar e esvaziar mas só uma lágrima caiu, parecia que estava forçando um sentimento que não era meu, parecia que aquela dor não era minha. Fechei os olhos e aquela escuridão gélida me acolheu com os braços abertos, tentei uma conversa íntima, que apenas conseguiu que mais lágrimas rolassem. Fechei os olhos novamente e roguei a Deus para que ele protegesse e iluminasse a minha dor, cerca de dois segundos uma luz iluminou meu ser me dotando de uma paz inexplicável.
Nunca foi preciso ver para crer mas, às vezes, é necessário sentir!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Um Sorriso

Ela dormiu por horas, após uma vida de choros e angústias.
Nesse meio termo de sonhos, ela viveu uma vida tranquila, sem toda aquela turbulência de obrigações, responsabilidades e cobranças.
Então ela acordou, olhou para os quatro cantos daquele quarto escuro e mofado. E, apesar de tudo, a menina de olhos que por vezes não mais sonhava, os fechou e quis por segundos apenas viver, mesmo com todas as dificuldades ela sabia que podia mais.
Ao sair de casa, naquele dia, ela sorriu para uma criança e sentiu a felicidade mais pura e ingenua que alguém poderia sentir. Atravessou a rua leve e distraída, não percebendo assim o carro que vinha em alta velocidade. De repente. um bum.
Deitada naquele chão o sol insidia forte em seus olhos, olhos que por vezes murmuravam tristezas.
Ali, naquele asfalto escaldante, ela não sentia dor, não chorava rancores passados, não via o aglomerado de pessoas a sua volta. Ela apenas respirou fundo e prestou atenção na beleza daquela luz, fechou os olhos e foi feliz.
Finalmente, apesar dos pesares, ela era feliz!